Dia 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra e Afrocaribenha
No Brasil a LEI Nº 12.987, DE 2 DE JUNHO DE 2014. , dispões sobre a criação do Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Poema Quariterê – resistência de um povo
Autora: Joyce H. F. dos Santos
Século XVIII – Os primeiros africanos escravizados foram levados a Mato Grosso. Motivo: Trabalhar na margem do rio Coxipó-Mirim. Por quê? Para quê?
Para extraírem ouro: assim os portugueses criaram a capitania de Mato Grosso e pra lá levaram negros e indígenas.
Alguns não aceitaram a escravidão.Queriam a liberdade.
Fugiram, fugiram. Quariterê,Quariterê
Grito de Liberdade:Quariterê, Quariterê, Quariterê
Ação, resistência, querência]
Era em Vila Bela
Que a vida talvez
Se tornasse melhor
Para escravos:índios, negros, caburés
Todos reunidos, ansiando liberdade
E neste contexto surge uma rainha
Que foi vítima da escravidão
Rainha em Quariterê,
mas que havia sido propriedade do Senhor Timóteo Gomes
Foi esposa do líder José Piolho.
Com sua morte torna-se a líder do Quilombo.
Esta mulher se fez: mãe, líder, guerreira, esposa, administradora, comerciante
Tereza de Benguela negociava armas com os brancos,
roubava os objetos de tortura e os fundia, transformando-os em armas.
Administradora que era,
Tereza de Benguela criou um sistema de defesa,
Conselho da Rainha e Parlamento Negro
No quilombo de Quariterê havia o plantio-de algodão, produção de tecido e ainda o domínio da técnica da cestaria.
Assim, o quilombo de Quariterê, crescia.
Vinte anos de resistência
Até hoje não sabemos se Tereza suicidou-se ou se foi assassinada.
Sabemos que foi decapitada e a cabeça ficou exposta no Quilombo de Quariterê
Quariterê se foi,
Mas o sonho de liberdade continuou
E Tereza de Benguela
Ficou em nossa história
Como a guerreira de Mato Grosso,
Grande guerreira de Quariterê.
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