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IFSP – BIRIGUI realiza debate sobre Direitos humanos e processos migratórios

Publicado: Quarta, 08 de Junho de 2016, 09h15 | Última atualização em Quarta, 08 de Junho de 2016, 09h15 | Acessos: 1966
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             O IFSP – Câmpus Birigui realizou, no dia 07 de junho, às 15h30, no Auditório, um debate em forma de mesa-redonda intitulado “Direitos Humanos e Processos Migratórios Internacionais: o Brasil em Perspectiva”.

            A discussão no Câmpus Birigui foi idealizada depois que docentes do câmpus participaram do III Seminário do IFSP sobre Diversidade Cultural e Educação: Migrações Internacionais e Direitos Humanos, realizado no mês de maio em São Paulo.

O objetivo do evento em Birigui foi apresentar e discutir algumas das dimensões do fenômeno das migrações internacionais recentes, enfatizando a questão dos refugiados, a ocorrência de tal acontecimento na realidade brasileira e os contextos históricos, condições socioeconômicas, legais e políticas em que se situam as migrações internacionais dos refugiados.

            A mesa-redonda foi composta pelos professores do IFSP – Câmpus Birigui Prof. Dr. Marcos Roberto Leite da Silva, Profa. Ma. Lidiane Ap. Longo Garcia Gonçalves, Prof. Me. Renato Kendy Hidaka e Prof. Dr. Rubens Arantes Correa.

            Os debatedores discutiram o tema das Migrações e dos Direitos Humanos sob diferentes enfoques. O Prof. Marcos enfocou os princípios filosóficos dos Direitos Humanos. A Profa. Lidiane apresentou legislações que amparam juridicamente os migrantes e refugiados, como o Direito de Asilo e a Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados. O Prof. Renato apresentou dados acerca da realidade brasileira no contexto das migrações. O Prof. Rubens traçou um panorama histórico dos processos migratórios no contexto da globalização e da pós-modernidade em comparação com épocas anteriores.

            De acordo com o Prof. Dr. Rubens Arantes Correa, “A constituição de espaços urbanos globais assumiu papel fundamental nos processos de mobilidade de populações atraídas pelo fluxo intenso de capitais, pelo consumismo, pela cultura kitsch e por melhores oportunidades de trabalho e de vida”.

            Para o Prof. Renato Kendy Hidaka, o evento no câmpus Birigui dá visibilidade à questão da imigração, uma vez que, nos últimos 5 anos, a solicitação de refúgio no Brasil aumentou em 2.866%: de 966 solicitações para 28.670. Tal aumento pode ser justificado como decorrência de recentes episódios internacionais, como o terremoto no Haiti e a guerra civil na Síria. “Hoje, no Brasil, segundo dados da Polícia Federal, existem, no país, mais de 1 milhão de imigrantes permanentes, sendo 8.866 refugiados reconhecidos, vindos das mais diversas partes principalmente da Síria, Angola, Colômbia, Congo e Palestina”, esclareceu o Prof. Renato.

            Para o aluno do Cursinho Popular Hannah Arendt, Lucas Henrique Tavares, o tema da mesa-redonda foi muito pertinente. E concluiu: “Os países deveriam acolher melhor os imigrantes, sem que fosse uma simples obrigação ou sem pensar em benefícios próprios. Deveriam pensar em acolher melhor o outro, seja ele quem for”.

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