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Apresentação das peças de Gil Vicente no Instituto Federal - Câmpus Birigui

Publicado: Quinta, 15 de Setembro de 2016, 20h08 | Última atualização em Quinta, 15 de Setembro de 2016, 20h08 | Acessos: 1627

             Os alunos da 1ª série do Ensino Médio contracenaram as peças teatrais referentes às obras “Auto da Barca do Inferno” e “Farsa de Inês Pereira” do escritor e teatrólogo português Gil Vicente.

As apresentações foram realizadas no dia 02 de setembro pelos alunos do curso integrado à Informática e no dia 08 de setembro pelos alunos do curso técnico integrado ao Ensino Médio à Administração. Os trabalhos foram realizados na disciplina de Língua Portuguesa ministrada pelo professor Caio César Pinto Santana.

O professor também solicitou aos alunos que criassem uma versão moderna das peças, assim os alunos reproduziram com muita alegria, humor os valores e costumes da sociedade. A criatividade dos alunos do Instituto Federal esteve presente na performance, no cenário e também na confecção das roupas utilizadas na encenação.

               Quanto as obras apresentadas são consideradas clássicos da literatura portuguesa. A peça “Auto da Barca do Inferno” foi escrita em 1517 e é uma sátira que retrata a sociedade portuguesa do século XVI. O cenário desta obra é um porto onde se encontram duas barcas, uma leva ao inferno, guiada pelo diabo e a outra ao paraíso, guiada por um anjo, e sendo da decisão deles quem entra ou não em suas barcas.

“Farsa de Inês Pereira” é uma comédia de costumes de 1523 que relata os comportamentos amorais e degradantes da sociedade na época e tem como mote “mais vale um burro que me carregue, que um cavalo que me derrube”. A peça conta a história de Inês Pereira, uma jovem solteira que é obrigada a passar o dia em suas tarefas domésticas, o que a faz se queixar da vida que tem e enxergar o casamento como uma oportunidade de fugir daquela vida.

A atividade, segundo o Professor Caio, oportunizou a consolidação e ratificação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, em literatura portuguesa. Destacou, ainda, a importância do teatro na autoestima dos alunos: “ser aplaudido, por exemplo, é a perfeita situação que traduz o sentimento de bem-estar que envolve os praticantes da arte teatral.  Ameniza a timidez, pois o teatro aprimora o jogo de cintura: quando estão representando personagens, conseguem se soltar; aprimoram habilidades de se relacionar com os outros: quando se pretende representar alguém, é importantíssimo colocar-se em seu lugar: tentar entender como o personagem pensa e o que sente. Esse simples exercício de imaginação acaba por desenvolver a empatia, habilidade importantíssima para o relacionamento social; ensina a trabalhar em grupo, pois aprimora a convivência em grupo. O sucesso de todos depende do trabalho de cada um. Por isso, é importante aprender a lidar com o colega, saber expor ideias e críticas e principalmente aprender a respeitar a opinião dos outros”, enfatiza.

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