IFSP Birigui conquista 12 medalhas em olimpíada internacional de matemática
Estudantes do IFSP (Instituto Federal de São Paulo) campus Birigui conquistaram 12 medalhas na Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras 2019. O destaque foi o 2º ano de informática, que conseguiu medalhas de ouro nas categorias estadual e nacional.
O resultado credencia os alunos a representarem o Brasil em três olimpíadas internacionais de matemática ao longo do ano, que serão realizadas em Taiwan, Japão e China.
A competição ocorreu no dia 5 de abril e o resultado foi divulgado nesta segunda-feira (19).
De Birigui, participaram as seis salas do campus, totalizando 200 estudantes, e todas levaram medalhas. Além do 2º ano de informática, que ganhou dois ouros, o 1º ano de informática conquistou prata (nacional) e ouro (estadual). O 3º ano de informática e os três anos da administração (1º, 2º e 3º anos) conseguiram prata na etapa estadual e bronze na etapa nacional.
Essa foi a segunda participação do campus na olimpíada. No ano passado, o 3º ano de administração tinha levado medalhas de prata (nacional) e ouro (estadual).
“A gente vê uma evolução grande até do envolvimento dos alunos em relação olimpíada. No ano passado, eles foram apresentados a essa nova perspectiva de avaliação e uma das salas teve um bom desempenho. Neste ano, todas as turmas tiveram um bom desempenho”, avalia o professor de matemática do IFSP campus de Birigui Wellington da Silva, coordenador responsável pela aplicação da prova no campus.
Para o professor, o resultado é fruto de muito trabalho da equipe do IFSP com os alunos. “Temos um ‘produto humano’ de excelência em todas escolas e no IFSP temos condições adequadas para dar suporte e estimular o desenvolvimento desses alunos”, afirma.
Francesa
A Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras é uma competição internacional de matemática em equipes e interclasses para estudantes do ensino fundamental e médio. O objetivo é mostrar a importância das línguas modernas e promover o interesse pela matemática e o trabalho cooperativo.
Segundo Silva, o diferencial da competição é que ela contempla as múltiplas habilidades dos alunos. “Quando se fala em olimpíada de matemática logo se pensa que quem tem facilidade com a disciplina vai se destacar. Óbvio que quem tem essa facilidade vai se sair bem, mas não individualmente. Essa prova é coletiva, onde é preciso ter conhecimento em várias áreas”, explica.
As questões envolvem conteúdo do ensino fundamental até o médio, porém para resolver situações cotidianas. “Não é chegar e resolver uma equação. Sempre há uma situação problema. Exemplo. Você tem um estacionamento em um shopping onde é preciso maximizar os espaços para que caibam mais carros em um único local. Como fazer isso?”, exemplifica.
Equipe
O trabalho em equipe é fundamental. Os próprios alunos se dividem e distribuem responsabilidades, observando as habilidades de cada um. Uma das questões é em língua estrangeira e deve ser respondidas no mesmo idioma escolhido (espanhol, francês ou inglês).
“É um dinâmica bem interessante, que não tem uma única resposta. É preciso usar a criatividade também. Se o aluno resolver o problema usando uma dobradura, por exemplo, ele pode”, comenta.
Durante o teste, que tem duração de 90 minutos, o grupo precisa resolver de 11 a 13 questões (o número varia de acordo com o ano). Pode haver consulta a livros, dicionários, cadernos com anotações pessoais e uso de materiais escolares, como régua, tesoura, calculadora, etc. Não é aceito uso de celular, computador ou qualquer aparelho com acesso à internet.
Números
Criada em 1989 pelo Ministério da Educação da França, atualmente a competição envolve mais de 250 mil alunos de 29 países, sendo 80 mil brasileiros de todos os estados do País.
Fonte
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