Projeto de pesquisa Oxímetro

GRUPO DE PESQUISA DO CÂMPUS BIRIGUI DESENVOLVE PROTÓTIPO (HARDWARE E SOFTWARE) DE OXÍMETRO BASEADO EM IOT FOCADO NO CUIDADO À SAÚDE PARA AUXÍLIO AO ENFRENTAMENTO NO COMBATE AO SARS-COV-2 COVID-19

Diante da pandemia provocada pelo SARS-COV-2 COVID-19, inúmeras são as pesquisas realizadas ao redor do mundo com o foco no desenvolvimento de vacinas, medicamentos e tecnologias para o enfrentamento e combate ao coronavírus. Nesse sentido, informações importantes de médicos e pesquisadores surgem constantemente na mídia.

Recentemente, vimos que o olhar atento de uma médica brasileira, Dr.a Elnara Negri, médica do HC e do Sírio-Libanês, identificou o surgimento de coagulações nos dedos de uma paciente contaminada pelo coronavírus em estado crítico e com baixa oxigenação. Diante de tal observação, realizou a aplicação de um anticoagulante na paciente o que resultou numa melhora rápida e significativa. A Dr.a Elnara Negri em conjunto com médicos de outros países elaboraram um artigo contendo os resultados dos estudos com anticoagulantes aplicados nesses pacientes, tal artigo foi publicado pela revista Science. 

Em 20 de abril, uma reportagem foi publicada no jornal New York Times intitulada “The Infection That’s Silently Killing Coronavirus Patients” ou “ A infecção que mata silenciosamente pacientes com coronavírus”, o Dr. Richard Levitan, um médico emergencista, afirmou que alguns pacientes acometidos pela doença não percebiam que sua oxigenação estava comprometida e em alguns casos tais pacientes até falavam ao celular. Tal privação de oxigenação foi descrita como “hipóxia silenciosa”. Ao observar essa característica demonstrou profunda preocupação com o monitoramento da oxigenação de pacientes contaminados pelo coronavírus, pois tais pacientes quando buscam o auxílio médico é tarde demais.

A matéria foi amplamente divulgada pela mídia no Brasil provocando uma corrida na compra de oxímetros. O problema segundo alguns médicos brasileiros, que também confirmaram as observações do Dr. Richard Levitan, em matéria publicada no site BBC, é que diante da enorme demanda por oxímetros, possíveis pacientes que realmente precisem dos aparelhos possam não ter acesso ao equipamento, devido a indisponibilidade no mercado.

Foi dessa forma que surgiu a ideia do desenvolvimento de um oxímetro. Porém, com uma tecnologia que permitisse aos médicos o monitoramento remotos das aferições de seus pacientes, com o objetivo de desafogar os centros emergenciais e dar segurança aos pacientes, uma vez que estariam em acompanhamento médico, mesmo em suas residências. O Prof. Ricardo Conde Camillo da Silva comenta: diante da ideia iniciei a formação de um grupo de pesquisa, envolvendo alunos e professores para o desenvolvimento das tarefas, para a viabilização do projeto, pois são várias as frentes de trabalho: back-end em nuvem; front-end web; front-end app; hardware; legislação pertinente na área da saúde; aprofundamento no entendimento do sistema de oxigenação do corpo humano; elaboração de artigo científico. Uma vez que o projeto tenha sucesso, será implementada, numa segunda fase, técnicas de mineração de dados. Possivelmente diante de um enorme volume de dados esperados tais técnicas poderão proporcionar aos médicos novas informações pertinentes ao combate do coronavírus. No momento, nossa equipe de trabalho conta aproximadamente 11 alunos do ensino superior e dois professores. As atividades são intensas e demandam de oito a cinco horas diárias sem exceção, sábados domingos e feriados. O projeto iniciou-se em 23 de abril e agora temos um produto minimamente viável validando nossa ideia.

Imagens do app e do protótipo Oxímetro IoT

O próximo passo será a busca por potenciais parceiros e potenciais editais de fomento à pesquisa, a fim de disponibilizar um produto final o mais breve possível, menciona o Prof. Adriano de Souza Marques, que também está envolvido no projeto.

Neste momento de incertezas provocado por esta pandemia, é muito importante salientar que é à ciência e à tecnologia que devemos recorrer para combater o vírus. O IFSP tem desenvolvido diversas ações em combate ao COVID-19, e esse projeto proporcionou uma enorme euforia e comprometimento da equipe. Possivelmente alguns alunos estejam vivenciando esse sentimento pela primeira vez ao desenvolver um projeto de pesquisa com esse foco, isso é maravilhoso!!!, afirma o Prof. Edmar Cesar Gomes da Silva e diretor geral do câmpus Birigui.

 “O projeto, é a chance de ajudar a diminuir o números de vítimas dessa pandemia, e melhorar a eficiência dos equipamentos médicos, podendo vir a salvar inúmeras vidas.”

André Conde

“Bem, eu estou bem feliz por participar de algo tão honrado quanto este projeto, já que essa é uma forma de ajudarmos a população e o sistema de saúde, fazendo com que as pessoas não precisem sair de casa caso estejam com suspeita do novo coronavírus, apenas em casos mais graves”

Breno Mazzali Medeiros Tomazelli

“Participar do projeto está sendo uma experiência muito boa, pois temos a possibilidade de ajudar outras pessoas utilizando-se dos nossos conhecimentos e ainda assim aprimorá-los”

Cesar Augusto Gomes dos Santos

"Fico feliz de poder estar fazendo parte desse projeto, mesmo não tendo todo o conhecimento para estar na linha de frente, estou aprendendo bastante e desenvolvendo habilidades para um outro projeto futuro que venha a aparecer"

Gabriel Palmyro

“Participar de um projeto tão importante é gratificante. Contribuir no grupo de pesquisa bibliográfica me fez entender a importância desse projeto para os profissionais de saúde, acredito que ajudará não apenas nos casos de covid-19, mas também em várias outras doenças.”

Giovanna Santos Fantacini

“Bem, participar do desenvolvimento do projeto tem sido muito importante para mim. Tenho esperança, que conseguiremos ajudar muitas pessoas com nosso projeto e assim contribuir no combate ao COVID-19.”

Higor Grigorio dos Santos

“Além de colaborarmos na pandemia, também auxilia na construção de conhecimentos, experiências e trabalho em equipe.”

Júlia Moura

“Está sendo muito gratificante trabalhar no projeto, ajudando a desenvolver um oxímetro que pode ajudar muitas pessoas nessa crise da covid-19, e desenvolver habilidades como trabalho em equipe e aprender novas tecnologias para IoT.”

Leandro Campos Vargas

“Esse projeto faz com que eu sinta aquele desafio que é vivido em um ambiente de trabalho, podendo expandir meu conhecimento através de pesquisas para vencer cada etapa.”

Leonardo Frederico

“Participar do projeto tem sido uma ótima experiência devido aos novos aprendizados e experiências que estou adquirindo. Além de me manter distraído enquanto permaneço em casa trabalhando em uma ideia que poderá ajudar os cidadãos e os profissionais da saúde nesse momento de pandemia e no pós-pandemia.”

Lucas Andrei Moraes da Silva

“Participar desse projeto me possibilitou ajudar um pouquinho no mundo científico. E assim com pequenas atitudes, como realizar uma pesquisa, podemos fazer algo grande!”

Natália Bianca Puglia Conde

Agradecemos profundamente os demais colaboradores que porventura não foram mencionados na matéria!