IFSP Campus Birigui realiza formação antirracista para professores do Colégio Criando Asas
Em 17 de fevereiro, professores do Colégio Criando Asas, localizado no município de Birigui, estiveram no Laboratório de Ações Étnico-Raciais – Lab ETNO, localizado no Instituto Federal de São Paulo campus Birigui, para receber uma formação antirracista, desenvolvida pela profa. Eisandra Pereira.
A professora ressalta que no Brasil, ainda estejamos aquém do esperado no que diz respeito ao desenvolvimento de uma educação antirracista efetiva, se percebe que o número de profissionais dispostos a aprender e se comprometendo a participar da luta antirracista tem aumentado com o passar dos anos, como ficou comprovado no último final de semana.
Os professores do colégio tiveram acesso à um conhecimento sobre a história e cultura de alguns dos povos africanos no período anterior ao processo de invasão europeia. Assim, como as práticas do movimento para o branqueamento do Brasil que influenciam as ações cotidianas, contribuindo para a permanência do processo marginalização do povo negro. Diante do exposto, aos presentes concluíram do quanto é necessário criar práticas para construir um indivíduo etnicamente inclusivo.
O LAB ETNO é um espaço temático e todos que ali se encontravam tinham o mesmo objetivo, aprender para ensinar de forma correta. As dúvidas foram expostas sem pudor, como também os relatos de experiência, os receios, e a percepção do quanto ainda é necessário ser aprendido. E receberam conhecimentos antirracistas por meio de dados científicos, apresentação de experiências de sucesso praticadas por professores diversos ao longo dos anos, como as que promoveram o racismo, ao invés de combatê-lo. Para reflexão, foram apresentados jogos, dicas de filmes, a importância da representatividade positiva, os cuidados com o tipo de literatura e brinquedos afrocentrados e como usá-los. Foi um momento rico em aprendizado!
Para Elisandra Pereira é importante enxergar que o Brasil é um país racista em sua formação, logo, nossa sociedade foi estruturada racialmente, o que afeta a percepção e atitude do brasileiro quando o assunto é racismo, o que confirma a necessidade de mais pessoas dispostas a aprender para que a nação possa se desconstruir das concepções racista, com base nas quais foi moldada.
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