Alunos e servidores do IFSP – Câmpus Birigui mobilizam-se contra a MP 746 e a PEC 241
Alunos e servidores do IFSP, Câmpus Birigui tem se manifestado contra a MP 746, que propõe reforma no Ensino Médio e a PEC 241, a qual congela os investimentos em educação, saúde e assistência social por vinte anos.
A mobilização teve início no dia 03 de outubro, com uma reunião entre os servidores a fim de definir as ações que seriam realizadas no decorrer da semana.
Na terça-feira (04/10) os docentes Genivaldo de Souza Santos, Renato Kendy Hidaka e Tânia Regina Bonfim reuniram-se com pais dos alunos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio para um debate esclarecedor sobre as medidas propostas com a MP e a PEC em questão. A reunião contou com a presença dos pais e alunos da licenciatura em Matemática, que participaram ativamente da discussão, com questionamentos e colocações acerca das consequências das medidas propostas.
O dia 05 de outubro foi marcado por mobilizações em diversos campis do Instituto Federal. O Câmpus de Birigui participou com manifestações e aulas públicas que ocorreram ao longo do dia. A manhã de quarta foi destacada por uma aula pública com os alunos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, aberta à comunidade. Nesta aula participaram cerca de 60 alunos dos cursos de Administração e Informática, docentes, demais servidos e membros da comunidade. A aula ministrada pelos professores Genivaldo, Renato e Tânia visou conduzir o público a reflexões acerca da MP 746 e da PEC 241. Foi trabalhado alguns trechos do documentário “Pro dia nascer feliz”, de João Jardim, onde pode-se comparar as dificuldades enfrentadas pelos alunos na década de 60 com as dificuldades atuais. Os professores discutiram as mudanças propostas nas medidas e o perigo de uma especialização precoce dos adolescentes.
Uma aluna do curso de Assistência Social de uma instituição parceira apresentou colocações sobre as medidas e expôs seu ponto de vista sobre a forma como a mídia tem tratado as questões, transmitindo uma ideia de projetos para o bem da população.
A aluna do curso em Administração integrado ao E.M., Gabriela Sebba Abdo, representou os alunos e manifestou seu ponto de vista sobre a Medida Provisória e considerou importante a manifestação dos alunos. O debate na manhã foi encerrado com diversas colocações e críticas por parte dos alunos e da comunidade externa.
No período vespertino, a mobilização teve início às 14 horas com assembleia geral entre os servidores. A assembleia constou de uma aula pública presidida pela professora Aline Graciele Mendonca, que destacou as alterações propostas pela MP frente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A professora finalizou a apresentação com imagens de manifestações e protestos realizadas em outros campis do Instituto Federal. Na sequência, o professor Glauber discutiu com a comunidade de servidores sobre os impactos econômicos a serem enfrentados com as medidas propostas. Ao encerrar a assembleia, os servidores e alunos do IFSP - Birigui dirigiram-se, em carreata, para a praça Doutor Gama, no centro da cidade, onde realizaram manifestação com cartazes, expondo frases em prol da Educação Pública de qualidade. Os manifestantes também utilizaram nariz de palhaço, pinturas na face e distribuíram panfletos destacando as principais mudanças previstas com a PEC e a MP, a fim de informar a população sobre as medidas propostas pelo governo.
O dia de mobilização foi encerrado com uma aula pública no auditório do Câmpus onde participaram servidores e alunos dos cursos técnicos e superiores do período noturno. Foi realizado um debate esclarecedor e de conscientização, presidido pelos professores Aline e Glauber. Os alunos participaram ativamente com colocações e questões acerca da PEC 241 e da MP 746.
Embora a mobilização tenha ocorrido no dia 05 de outubro de 2016, os servidores não cessaram os esforços contra a MP 746 e PEC 241.
Discussões permanecem em andamento e a mobilização se estende em caráter de atenção aos novos desdobramentos da MP, com ações que visam articulação política, como envio de e-mails para deputados e senadores, articulações locais e reflexões aprofundadas com os alunos, a partir do texto da lei.
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