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COMISSÃO ETNO-BIRIGUI EM AÇÃO

Publicado: Quarta, 20 de Agosto de 2025, 15h18 | Última atualização em Quarta, 20 de Agosto de 2025, 15h30 | Acessos: 222

A Comissão ETNO-Birigui, em sua caminhada coletiva, esteve representada em importantes eventos recentes, reafirmando seu compromisso com a educação intercultural e a valorização da história e da cultura dos povos indígenas e afro-brasileiros.

     Em primeiro lugar, a Comissão marcou presença em uma mesa acadêmica na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), campus Paranaíba, durante o II Encontro de Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação (PGEDU). A participação contou com o Prof. Dr. Genivaldo de Souza Santos, presidente da Comissão ETNO-Birigui, a militante indígena, artista e mestra Kunhã Pará Poty, Luana Leie Guarani, a Dra. Sueli do Nascimento, pós-doutoranda na UEMS, membro da Comissão ETNO-Birigui e mediadora da mesa, e a Profa. Dra. Mirtes Rose Menezes da Conceição, pós-doutoranda da UEMS. O diálogo estabelecido nesse espaço promoveu uma rica troca de saberes entre pesquisadores, lideranças indígenas, estudantes e comunidade externa, divulgando  e fortalecendo a articulação entre o IFSP Campus Birigui e a Aldeia Icatu.

     No dia 12 de agosto de 2025, a Comissão esteve também na Semana do Patrimônio Cultural de Araçatuba, integrando a mesa “Territórios e Patrimônio Cultural”. A discussão destacou como a chegada da ferrovia não apenas alterou a dinâmica local, mas levou ao quase extermínio da população Kaingang que habitava esse solo desde tempos imemoriais. Estiveram presentes o Prof. Dr. Genivaldo de Souza Santos, a Dra. Sueli do Nascimento, o Prof. Dr. Rubens Arantes, a militante indígena, artista e mestra Kunhã Pará Poty, Luana Leite Guarani, e a bolsista e extensionista Analice Rodrigues, estudante de Engenharia da Computação.

     Na ocasião, os participantes puderam trazer reflexões, conhecimentos e uma análise aprofundada sobre o impacto da ferrovia nos povos originários que habitavam a região. Além disso, Analice compartilhou contribuições do projeto de extensão “Acervo Digital: O Uso da Tecnologia na Preservação da História e Cultura Indígena da Aldeia Icatu”, desenvolvido sob coordenação do Prof. Genivaldo. O projeto busca pensar o território digital indígena como um marco contemporâneo de preservação cultural. Em desenvolvimento, o aplicativo visa divulgar a rica cultura da Aldeia Icatu, composta pelas etnias Kaingang e Terena, articulando tecnologia, memória e resistência.

     Por fim, a Comissão anuncia que em outubro de 2025 o campus Birigui receberá a mostra artística “Boca do Sertão”, do artista plástico Irineu Terena, indígena de contexto urbano de Bauru. A instalação, financiada por edital público, dialoga com o impacto da ferrovia nos territórios Kaingang e permanecerá em exibição no auditório durante todo o mês, acompanhada de rodas de conversa, palestras e exibição de documentários.

     Em preparação a essa atividade, o artista Irineu Nje’a Terena e Rose Sá, Diretoria da Araci Ponto de Memória / Cultura estiveram no campus em uma visita técnica, momento em que puderam conhecer o espaço, alinhar aspectos da expografia e dialogar com a equipe local sobre os detalhes necessários à montagem da instalação. Essa presença reforça o caráter colaborativo do processo e a importância de construir, passo a passo, ações culturais que dialoguem com a memória e o território.

     Esses passos reafirmam que caminhamos juntos, reconhecendo a importância dos encontros já vividos, agradecendo aos que estiveram presentes e mantendo a esperança renovada nos próximos passos que virão.

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